Automedicação
Automedicação
Introdução
A evolução da farmacologia nos traz a possibilidade de curar diversas enfermidades, algumas fatais até então. Entretanto, atualmente, basta uma simples dor de cabeça ou algum desconforto que já recorremos aquele medicamento que guardamos nas bolsas ou em casa, em nossa “farmacinha”.
Os fármacos não são inofensivos e seu uso, especialmente quando indiscriminado e sem prescrição médica, pode mascarar doenças, anular os efeitos de outros medicamentos e até ser a causa de enfermidades sérias e irreversíveis.
O Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ) em pesquisa de 2018 evidencia que 79% das pessoas se automedica sem prescrição médica ou farmacêutica.
O que é Automedicação?
Segundo a Anvisa, a automedicação é “a utilização de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas, para tratamento de doenças cujos sintomas são percebidos pelo usuário, sem a avaliação prévia de um profissional de saúde”.
A prática da automedicação é comum em nosso dia a dia. Quem nunca tomou uma medicação sem consulta prévia de alguém especializado?
Essa prática pode ocasionar agravamento de doenças e até mesmo levar a uma intoxicação, resistência, dependência e até a morte.
A Anvisa alerta que a intoxicação por medicamentos ocupa o primeiro lugar dentre as causas de intoxicação registradas em todo país.
Outro ponto que causa preocupação é a combinação de medicamentos, já que um medicamento pode anular o efeito de outro ou até mesmo potencializar seus efeitos, prejudicando a eficácia dos tratamentos. E isso pode elevar a chances do aparecimento de reações adversas.
A ANVISA disponibiliza uma cartilha com diversas orientações relacionadas a medicamentos, além de possuir canais de comunicação (número 0800-6429782) no qual podem ser notificadas reações adversas pelos profissionais de saúde. (Copyright ©2010. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa).
Medicamentos mais utilizados em Automedicação
Os medicamentos mais utilizados sem orientação médica são os analgésicos (paracetamol e dipirona, por exemplo) e os anti-inflamatórios (ibuprofeno, nimesulida e outros), principalmente por serem de fácil acesso, já que são vendidos sem receita, e por terem efeitos rápidos. Porém, o uso desses medicamentos de forma imoderada e prolongada, e sem acompanhamento, pode ser extremamente prejudicial à saúde.
Os anti-inflamatórios podem causar sangramento e hemorragias, insuficiência renal e gastrite. Se forem produzidos a base de corticoides, bloqueiam o sistema de defesa do corpo e causam o afinamento da pele, úlcera, problemas nos dentes, glaucoma, osteoporose, depressão, hipertensão e diabetes.
Já os analgésicos, além dos riscos similares como sangramentos e problemas hepáticos, eles são os campeões em esconder e agravar doenças, além de seu poder de dependência e até resistência (já que em certo ponto as dosagens baixas deixam de ser eficazes).
Quando combinados, analgésicos + anti-inflamatórios podem gerar um quadro de nefrite analgésica, doença renal séria diagnosticável apenas com exame laboratorial.
Outra substância bastante consumida pelos brasileiros sem orientação médica e que têm efeitos nocivos à saúde são os diuréticos, usados para perda de peso. Estes diminuem a quantidade de sódio e potássio do corpo, causando câimbras e arritmias cardíacas, além de outros riscos cardiovasculares e renais.
Idosos: Fique atento. É ainda mais perigoso.
A automedicação para pacientes idosos é ainda mais perigosa. Já com saúde mais debilitada, muitos costumam se automedicar com muitas cartelas de medicamentos a fim de controlar doenças crônicas.
Uma questão importante: a automedicação pode ajudar na criação de superbactérias
Os vários malefícios da automedicação não se restringem aos indivíduos que se automedicam. O uso exagerado de antibióticos cria novas bactérias extremamente resistentes a esses medicamentos, as chamadas Superbactérias. Essas bactérias já matam 700 mil pessoas por ano no mundo e a previsão para 2050 é de 10 milhões ao ano, superando o número de mortes causadas pelos diversos tipos de câncer.
Para reverter este cenário, deve-se tomar consciência dos riscos da automedicação e interromper essa prática (ou até podemos identificar como hábito). Além disso, médicos devem ser mais criteriosos ao prescrever antibióticos e sempre alertar seus pacientes para o correto uso e descarte dos mesmos (veja nosso post sobre as vantagens da manipulação na personalização de tratamentos, evitando assim descartes desnecessários, desperdícios, sustentabilidade e economia).
Além disso, os usos de antibióticos na pecuária e agricultura devem ser melhor controlados, pois a indiscriminada e incorreta utilização para fins de aumento de produtividade e velocidade de produção preocupa médicos e cientistas (ver artigo publicado pela BBC News – novembro/2019).
Não faça uso da automedicação se suspeitar de Covid-19
Os tempos atuais trazem uma preocupação adicional com relação às questões que envolvem a automedicação. As autoridades sanitárias recomendam à população que não busque medicamentos preventivos ou de tratamento da Covid-19 sem a prescrição de um profissional da área.
Até o momento de elaboração deste material não existe vacina ou cura para a doença.
As medidas preventivas recomendadas são:
- a higienização frequente das mãos
- isolamento
As pessoas devem ter muita atenção à orientação médica.
E devem principalmente ter muito cuidado com as fake-news – notícias falsas largamente veiculadas na internet. Não são informações seguras e podem colocar a saúde das pessoas em risco.
Os médicos são os profissionais que devem ser procurados ao perceber sintomas da Covid-19. Os farmacêuticos são os profissionais indicados quando surgirem dúvidas com relação aos tratamentos prescritos pelos médicos, correta utilização, posologia, reações adversas, alergias.
Sintomas e Recomendações
- Na presença de sintomas gripais (tosse, coriza, dores no corpo, sem febre ou falta de ar – dispneia), as pessoas devem ficar em casa, buscando o isolamento
- Com a presença de falta de ar e febre, a pessoa deve procurar um médico ou hospital. Segundo especialistas, um sinal é sentir que a respiração já não é suficiente para realizar as atividades do dia a dia, como atividades comuns (conversar, andar, sentir cansaço sem ter feito qualquer esforço, etc).
A Telemedicina esta regulamentada para uso temporário, enquanto perdurarem os efeitos da pandemia. É uma alternativa interessante para buscar aconselhamento médico sem expor o público a eventual contágio.
Consulte seu convênio ou médico de confiança se é possível se consultar através da Telemedicina.
Imunidade: não confundir com Automedicação
A automedicação nunca deve ser utilizada.
Mas manter o organismo com excelente imunidade é muito importante, não só em momento de pandemia, mas durante toda nossa vida.
Hábitos saudáveis ajudam no fortalecimento do sistema imunológico. Boa alimentação, dieta equilibrada e rica em nutrientes, praticar exercícios físicos moderados com frequência.
Outros hábitos devem ser evitados: dormir pouco, fumar, usar drogas, consumir bebidas alcoólicas em excesso, não se exercitar ou se alimentar mal. Outro ponto importante é evitar estresse, pois ele também pode comprometer o sistema imunológico.
Sugestões de fórmulas que podem aumentar sua imunidade
Nossos farmacêuticos sugeriram duas fórmulas manipuladas com ativos que auxiliam na manutenção de um sistema imunológico saudável:
EpiCor: Nutre o sistema imunológico do corpo, aumentando sua resistência e mantendo-o saudável. É indicado para a prevenção, e não apenas quando gripe ou o resfriado já estão instalados. Mantém o sistema imunológico fortalecido, evitando o aparecimento de doenças
Possui três vezes mais poder antioxidante comparado a qualquer outra fruta. O ativo é fabricado por meio de um processo único, com várias fases de fermentação e secagem.
É seguro para uso regular e contínuo, devido à sua incontestável garantia de pureza e eficácia comprovadas cientificamente. (material técnico disponibilizado em Fontes – ao final deste artigo).
Equinacea: Este medicamento é usado de forma preventiva e coadjuvante na terapia de infecções respiratórias virais, tais como gripes e resfriados, candidíase vaginal de repetição, feridas infectadas, infecções cutâneas por microrganismos comuns da pele, herpes e outras desordens do sistema imune.
Equinacea: Este medicamento é usado de forma preventiva e coadjuvante na terapia de infecções respiratórias virais, tais como gripes e resfriados, candidíase vaginal de repetição, feridas infectadas, infecções cutâneas por microrganismos comuns da pele, herpes e outras desordens do sistema imune.
Vitamina D: Além do seu papel na homeostase do cálcio, acredita-se que a forma ativa da vitamina D apresenta efeitos imunomoduladores sobre as células do sistema imunológico, sobretudo linfócitos T, bem como na produção e na ação de diversas citocinas.
Zinco Quelato e Magnésio: São minerais vitais para o funcionamento saudável de muitos sistemas do organismo.
O zinco tem ação direta no funcionamento dos linfócitos, células de defesa do nosso organismo, melhorando a imunidade. Além disso, age nos processos anti-inflamatórios e no nosso DNA.
Já o magnésio regula o funcionamento dos nervos e dos músculos e ajuda no controle do açúcar no sangue.
Esses minerais são especialmente importante para a saúde da pele e essenciais para um sistema imunológico saudável e para a resistência contra infecções.
Vitamina C: aumenta a produção de glóbulos brancos, células que fazem parte do sistema imunológico e que tem a função de combater micro-organismos e estruturas estranhas ao corpo. O nutriente também aumenta os níveis de anticorpos no organismo.
O Centro Paulista coloca à disposição dos pacientes e profissionais da saúde seu experiente Corpo Técnico composto por farmacêuticos e químicos que podem auxiliar em questões relacionadas a medicamentos, tratamentos, reações adversas. Não deixe de nos consultar.
Advertências:
Fontes:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Cartilha: O que devemos saber sobre Medicamentos (2010)
ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o mercado farmacêutico https://www.ictq.com.br/pesquisa-do-ictq/871-pesquisa-automedicacao-no-brasil-2018
Informações adicionais sobre este material
O material que publicamos em nosso blog é elaborado por farmacêuticos de nosso Corpo Técnico. Buscamos informações sempre atualizadas e baseadas em artigos e evidências científicas, informações médicas e farmacêuticas, legislação em vigor e conhecimento técnico de nossa equipe.
Nossos objetivos são informar e educar o público sobre cuidados com a saúde e questões importantes relacionadas ao segmento farmacêutico e assistência farmacêutica.
As informações contidas em nossos materiais não objetivam substituir aconselhamento e diagnóstico médicos, e sim ser uma fonte de informação técnica complementar.
Se você tem ou suspeita ter algum sintoma de doença ou problema de saúde, não tome nenhuma providência sem antes entrar em contato com um profissional de saúde qualificado.